sábado, 11 de agosto de 2007

"Os fortes fundamentais que sustentam o crescimento económico permanecem", considera o Fundo Monetário Internacional, sublinhando que a intervenção dos bancos centrais só serve para assegurar que isso vai acontecer.

Depois de ontem ter injectado 94,8 mil milhões de euros para contrariar a escassez de liquidez no mercado, o BCE voltou hoje a emprestar mais 61,05 mil milhões de euros. Os bancos centrais do Japão e da Austrália também já fizeram intervenções no mercado.

A intervenção da Fed surgiu depois das taxas de juro deferal funds terem iniciado o dia nos 6%, o valor mais elevado em seis anos. Depois da Fed ter comprado 19 mil milhões de dólares de activos hipotecários, estes juros desceram para 5,375%.

Os mercados mundiais assustaram-se com estas intervenções, mas o FMI, respondendo a jornalistas, mantém-se optimista.

"Olhando para a frente, e apesar da situação de crise ainda ser actual, continuamos a acreditar que as consequências das mesmas vão ser contornáveis. Os fortes fundamentais que sustentam o crescimento económico permanecem e o que está a acontecer é um desenvolvimento saudável", sublinha o porta-voz do FMI, Masood Ahmed em comunicado.

O mesmo responsável acrescenta que "as recentes acções dos bancos centrais deverão assegurar que o processo de ajustamento ocorra de maneira ordenada".

A mesma fonte explica ainda que o FMI tinha alertado para vulnerabilidades que iriam afectar os mercados na sua Global Financial Stability Reports e World Económica Outlooks, devido exactamente à crise no mercado hipotecário norte-americano. Mas, o FMI "está a monitorizar de perto esses desenvolvimentos", tendo em conta as suas responsabilidades no sistema monetário internacional.

Sem comentários: