sábado, 18 de agosto de 2007

Banif avalia Galp Energia em 12,60 euros a acção

Os analistas do Banif reviram em alta o preço-alvo para a Galp Energia para os 12,60 euros, aconselhando ainda a "Compra" do título. Este valor representa um potencial de valorização de três euros, ou 31,25%, face ao valor actual da empresa. O anterior preço-alvo do Banif para a Galp estava nos 10,75 euros. Para sustentar esta revisão, o banco diz que "só espera boas notícias desta empresa".


Publicado 16 Agosto 2007

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

BCP dispara 6%

A bolsa de Lisboa fechou a sessão com uma valorização de 1,43%, em linha com o comportamento das restantes praças financeiras na Europa. Apesar da recuperação de hoje, o PSI-20 terminou a semana a acumular uma perda de 4,5%, naquele que foi o pior registo dos últimos 15 meses.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Dia negro na Euronext

Bolsa de Lisboa perde 4,8 mil milhões de euros

A bolsa de Lisboa sofreu hoje a maior queda desde Outubro de 1998, com as cotadas nacionais a perderem 4,8 mil milhões de euros, valor que equivale a 3% do PIB nacional. Num dia em que o PSI-20 deu um tombo de 4,53%, a Altri, a Sonae e a Galp Energia foram as mais penalizadas, com perdas superiores a 10%.

Cotadas perdem 3,4 mil milhões em três horas

A bolsa nacional está a afundar mais de 4%, naquela que é a maior desvalorização desde 2002. O pânico causado pela crise no imobiliário levou as cotadas portuguesas a perderem 3,4 mil milhões de euros em apenas três horas. Saiba qual as empresas que mais estão a sofrer com a crise.

O principal índice da bolsa nacional cota nos 12.224,64 pontos com os 20 títulos em queda.

O PSI-20 anula assim mais de metade dos ganhos anuais.

Apesar do dia também estar a ser negro para as outras praças europeias, Lisboa destaca-se pela queda de mais de 4%, uma vez que os restantes índices registam declínios na ordem dos 2%.

Esta madrugada, o australiano Rams Home Loans anunciou que não conseguiu arranjar financiamento para créditos de curta duração denominados em dólares no valor de 6,17 mil milhões de dólares australianos (3,70 mil milhões de euros). O banco vai ter de procurar financiamento de emergência.

Esta notícia voltou a aumentar os receios dos investidores de que a crise do imobiliário norte-americano poderá alastrar-se a todo o mundo, afectando particularmente o sector da banca.

As bolsas asiáticas e australianas sofreram hoje a maior queda no espaço de um ano, uma tendência que rapidamente alastrou-se às restantes praças financeiras na Europa.

E a praça nacional destaca-se na Europa, com o PSI-20 a sser o mais castigado em termos percentuais.

"A bolsa portuguesa foi uma das que mais subiu este ano"e, neste momento, "estamos a ganhar [no ano] o mesmo que a Alemanha. As fortes quedas não se repercutiram nos primeiros dias e, por isso, como o sentimento é de contágio é normal esta queda", explicou Vasco Balixa da OK2deal ao Jornal de Negócios.

O título que mais pressiona é o Banco Comercial Português com uma desvalorização de 4,08% para os 3,29 euros.

A restante banca regista quedas mais moderadas. O banco BPI desliza 0,46% para os 6,48 euros enquanto o Banco Espírito Santo escorrega 2,02% para os 16,02 euros.

A Galp Energia também um dos títulos que mais contribui para a tendência do PSI-20, com uma queda de 8,52% para os 9,56 euros. A petrolífera já afundou mais de 11% numa sessão em que o petróleo perde mais de 2%.

O sector da construção é o que está a ser mais castigado esta manhã. A Mota-Engil perde 11,25% para os 5,52 euros enquanto a Teixeira Duarte afunda 13% para os 2,68 euros. A Soares da Costa desvaloriza 8,48% para os 2,05 euros.

A última vez que o PSI-20 sofreu uma queda tão acentuada foi a 30 de Setembro de 2002, altura em que chegou a afundar quase 7% para terminar a sessão a perder 3,49%. Nesse mês, que coincidiu com as eleições presidenciais no Brasil, os investidores estavam preocupados com a possibilidade do Brasil entrar em incumprimento. A Portugal Telecom, uma das empresas portuguesas mais expostas a esse mercado, sofreu uma desvalorização de 7,5%.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Portucel mantém liderança da lista de acções com maior potencial de valorização

A Portucel manteve a posição de liderança na lista de acções com maior potencial de subida do Millennium bcp Investimento, numa semana em que não se verificaram alterações na composição do “ranking”. A queda na semana passada levou a papeleira a distanciar-se do preço-alvo do banco.


A Portucel manteve a posição de liderança na lista de acções com maior potencial de subida do Millennium bcp Investimento, numa semana em que não se verificaram alterações na composição do "ranking". A queda na semana passada levou a papeleira a distanciar-se do preço-alvo do banco.

A empresa liderada por Pedro Queiroz Pereira apresenta um potencial de valorização de 31% face ao "target" de 3,70 euros, depois de ter recuado 7,5% durante as sessões da semana passada.

Na "newsletter" desta semana não se verificaram quaisquer alterações na lista do Millenniu, bcpi, nem mesmo trocas de posições no "ranking", surgindo, então, a PT no segundo lugar, com um potencial de subida de 21%, seguida da Novabase com um potencial de valorização de 18%.

O BES apresenta uma margem de progressão de 16% face ao preço-alvo de 18,50 euros definido pelo banco de investimento, tendo em conta a cotação de fecho dos títulos do banco liderado por Ricardo Salgado na sexta-feira (15,90 euros).

No fim da lista está a Cofina. A empresa de "media", que substituiu a Ibersol na semana passada, apresenta um potencial de subida de 16% face à avaliação de 2,00 euros.

Bolsa nacional acompanha queda das congéneres europeias

A bolsa nacional acompanhava a tendência de queda das congéneres europeias, numa altura em que o BCP e a Galp eram os títulos que mais pressionavam. O PSI-20 perdia 0,42%.

O principal índice da bolsa nacional recuava para os 12.743,68 pontos, com 12 acções em queda, cinco a subir e três inalteradas. O PSI-20 acompanhava a tendência dos congéneres europeus, que seguiam com perdas mais acentuadas.

O Banco Comercial Português (BCP) desvalorizava 1,13% para os 3,50 euros, depois de ontem ter caído mais de 4%. As acções do BCP têm sofrido fortes oscilações desde que a "guerra" de poder se instalou no seio do banco, "guerra" que ainda não teve um desfecho e que possivelmente só terá na assembleia geral (AG) de accionistas de Março.

As acções do banco estão a seguir a mesma evolução dos congéneres europeus, um sector que nos últimos dias tem penalizado as bolsas mundiais.

O Banco BPI também perdia 0,31% para os 6,48 euros, enquanto o Banco Espírito Santo (BES) escapava e subia 0,62% para os 16,18 euros. Fora do PSI-20, o Banif perdia 3,14% para os 5,56 euros.

A Galp Energia [gal pl] recuava 2,07% para os 10,41 euros, partilhando igualmente a tendência de perdas do sector petrolífero na Europa.

A evitar maiores descidas na bolsa seguia a Portugal Telecom (PT) [Cot], ao avançar 0,72% para os 9,82 euros, e a PT Multimédia [Cot], que valorizava 0,08% para os 11,86 euros.

A Energias de Portugal (EDP) e a Brisa perdiam 0,25% para os 4,05 euros e 0,51% para os 9,74 euros, respectivamente, e a REN recuava 0,27% para os 3,64 euros.

O grupo Sonae também seguia em queda, com a Sonae SGPS a perder 1,01% para os 1,96 euros, a Sonaecom a recuar 1,14% para os 4,34 euros e a Sonae Indústria a descer 2,12% para os 9,22 euros.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Bolsas dos EUA invertem tendência e seguem a cair

Os principais índices norte-americanos inverteram a tendência de ganhos registada no início da sessão e seguiam a perder, pressionados pela revisão em baixa de lucros por parte da Wal-Mart. A empresa anunciou números aquém do esperado, o que está a penalizar as bolsas. O Dow Jones recuava 0,6% e o Nasdaq perdia 0,2%.


Os principais índices norte-americanos inverteram a tendência de ganhos registada no início da sessão e seguiam a perder, pressionados pela revisão em baixa de lucros por parte da Wal-Mart. A empresa anunciou números aquém do esperado, o que está a penalizar as bolsas. O Dow Jones recuava 0,6% e o Nasdaq perdia 0,2%.

O índice Dow Jones [Cot] descia para os 13.157,12 pontos e o Nasdaq [Cot] depreciava para os 2.537,09 pontos.

A Wal-Mart anunciou que os seus resultados líquidos do segundo trimestre do ano aumentaram em 49% com o aumento das vendas de equipamentos electrónicos, como televisores e máquinas fotográficas digitais.

Os números do segundo trimestre ficaram em linha com as estimativas, mas a retalhista reviu em baixa as previsões de resultados para o ano, o que fez com que as acções reagissem em queda. Os títulos caíam 5,15% para 43,79 dólares.

Este anuncio provocou uma queda mais generalizada nas bolsas, pois veio aumentar os receios de que os consumidores norte-americanos restrinjam os seus gastos, numa altura em que o mercado imobiliário está a passar um período conturbado.

A Home Depot, que apresentou hoje resultados acima do esperado, também reagiu em queda às previsões da Wal-Mart e as acções desciam 1,99% para os 34,54 dólares.

A Home Depot, a maior retalhista de artigos domésticos do mundo, anunciou que os lucros do segundo trimestre ascenderam a 1,52 mil milhões de dólares, ou 77 cêntimos por acção, um valor que superou as estimativas dos analistas consultados pela Bloomberg que apontavam para lucros de 73 cêntimos por acção.

Contudo, as previsões mais baixas da Wal-Mart para os próximos meses sentiram-se na generalidade do mercado.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Portugal Telecom quer mais operadoras em África

Portugal Telecom quer mais operadoras em África
A Portugal Telecom quer aproveitar o crescimento esperado para o mercado africano para aumentar a presença da operadora naquele continente.



A Portugal Telecom quer aproveitar o crescimento esperado para o mercado africano para aumentar a presença da operadora naquele continente.

Henrique Granadeiro, líder da PT, apontou, na cerimónia de assinatura da parceria com a Helios, que a operadora vai continuar a procurar oportunidades de crescimento em África, mas sempre "numa lógica de investimento selectivo em mercados ou operadores que nos ofereçam garantias de crescimento e em condições que consideremos geradoras de valor acionista".

Segundo João Pedro Baptista, líder da PT Investimentos Internacionais, os mercados da África do Sul, Congo, Nigéria, Quénia e Sudão poderão ser os alvos preferenciais da PT.

sábado, 11 de agosto de 2007

CRASH NA BOLSA em 10 Agosto 2007

Cotadas perdem mais de 3 mil milhões em dois dias

PSI-20 sofre maior queda desde 2004 com todas as cotadas no vermelho

As bolsas mundiais viveram hoje um dia verdadeiramente negro e a praça portuguesa não escapou ao "sell-off" nas acções. O PSI-20 fechou a descer 2,55%, registando a maior queda dos últimos três anos, e no espaço de dois dias o valor das cotadas do índice baixou 3,2 mil milhões de euros. No PSI-20 todas as cotadas fecharam no vermelho e 11 delas desceram mais de 3%.

As bolsas mundiais viveram hoje um dia verdadeiramente negro e a praça portuguesa não escapou ao "sell-off" nas acções. O PSI-20 fechou a descer 2,55%, registando a maior queda dos últimos três anos, e no espaço de dois dias o valor das cotadas do índice baixou 3,2 mil milhões de euros. No PSI-20 todas as cotadas fecharam no vermelho e 11 delas desceram mais de 3%.

A crise que está a assolar o mercado imobiliário norte-americano de alto risco e que culminou ontem com uma injecção recorde de liquidez no sistema financeiro por parte do Banco Central Europeu (BCE) está a provocar um autêntico terramoto nas bolsas mundiais. A autoridade monetária europeia voltou hoje a intervir no mercado e a Reserva Federal também já actuou, comprando activos no valor de 19 mil milhões de euros.

Mas o investidores estão literalmente a fugir dos activos com risco, receando os efeitos colaterais que esta crise poderá ter e a que a intervenção dos bancos centrais evidenciou.

Depois das fortes quedas de ontem, hoje os principais índices voltaram a sofrer desvalorizações acentuadas, com o IBEX [Cot] de Espanha a recuar 2,36%, o FTSE [Cot] londrino a deslizar 3,21%, o CAC [Cot] francês a perder 3,13% e o DAX [Cot] alemão a desvalorizar 1,24%. A origem do problema está nos EUA mas nesta altura os índices americanos até perdem menos de 1%.

Lisboa não foi excepção neste panorama que está a assolar as bolsas mundiais, já que o PSI-20 [Cot] deslizou ontem mais de 1% e hoje recuou 2,55%. Ainda assim, no acumulado deste ano, o PSI-20 está a valorizar 15,27%.

Esta é a primeira vez em dois meses que o PSI-20 cota abaixo da fasquia dos 13.000 pontos e desde 11 de Março de 2004 que não sofria uma queda tão acentuada - nesse dia também recuou 2,55%. Para encontrar uma descida maior terá que se recuar a 15 de Fevereiro de 2003, quando o índice recuou 3,49%.

Durante a sessão de ontem e ao longo de hoje, a perda acumulada pelas cotadas que integram o "benckmark" nacional ascende a 3,23 mil milhões de euros.

Só a Brisa acumulo um saldo positivo (ver tabela em baixo). BCP e Portugal Teelcom desceram mais de 500 milhões de euros.

As "large caps" estão a ser as mais castigadas

Tal como está a suceder lá fora, é o sector da banca que está a pagar a factura mais elevada pela crise que está a assolar o mercado hipotecário. 11 acções do PSI-20 desceram mais de 3% e 15 mais de 2%.

Hoje o Banco Comercial Português [Cot] desceu 3,93% para 3,67 euros, o Banco Espírito Santo [Cot] caiu 1,79% para 15,90 euros e o BPI cedeu 1,22% para 6,50 euros.

As outras duas "large caps" da bolsa nacional, a Portugal Telecom [Cot] e a Energias de Portugal [Cot] sofreram ambas perdas avultadas. A PT, apesar dos "research" positivos, recuou 3,40% para 9,66 euros.

As cotadas menos penalizadas

Todas as 20 cotadas do índice perderam valor, sendo que a Brisa foi a menos castigada. Entre as 54 empresas do PSI Geral só três subiram (Lisgráfica, Vista Alegre e Cires).

A Brisa [Cot] desceu "apenas" 0,3% para 10,07 euros, depois de ontem já ter amealhado um ganho de 0,8%. Além do reforço recente por parte da Capital Partners, a concessionária de auto-estradas está a beneficiar do seu estatuto de papel refúgio em alturas de queda generalizada da bolsa.

Já a Galp Energia [GALP] perdeu 2,3%, mas na sessão de ontem valorizou quase 2%, depois de ter anunciado uma descoberta "significativa" de petróleo no Bloco 14 em Angola.

A origem do problema

Tudo começou com a crise no mercado imobiliário norte-americano que levou ao aumento do incumprimento nos créditos hipotecários do chamado segmento "subprime", crédito hipotecário de risco elevado.

A crise do "subprime", que já dura há várias semanas, tornou-se mais visível depois do BNP Paribas ter anunciado a suspensão dos resgates em três dos seus fundos que investem no mercado hipotecário, alegando que estão subavaliados.

"A completa evaporação de liquidez em certos segmentos do mercado de securitização nos EUA tornou impossível avaliar correctamente os activos, tendo em conta o seu ‘rating’", afirmou o BNP Paribas em comunicado. Há uma semana, o presidente do banco dizia que os problemas no mercado "suprime" eram "absolutamente insignificantes".

A crise do "subprime" levou a um forte aumento no custo do crédito, com os bancos a exigirem taxas de juro muito elevadas para emprestarem dinheiro. A taxa "overnight", utilizada pelos bancos para emprestarem dinheiro entre si, atingiu ontem, em dólares, os 5,86%, o valor mais elevado dos últimos seis anos, e que compara com os 5,35% de ontem.

Em euros, a taxa de juro atingiu os 4,62%, acima da taxa de referência do Banco Central Europeu (BCE) que se situa nos 4% e mais alta que imediatamente a seguir aos ataques do 11 de Setembro.

"Os bancos reagiram a esta decisão do BCE como numa liquidação de um supermercado"

Este disparo nos juros levou o BCE a intervir no mercado financeiro injectando 94,8 mil milhões de euros, o valor mais alto de sempre. Na sequência do 11 de Setembro de 2001, o BCE injectou no mercado financeiro 69,3 mil milhões de euros.

A instituição liderada por Jean Claude Trichet disse mesmo que está disponível para providenciar um montante ilimitado de dinheiro aos bancos assegurando assim a manutenção da liquidez no mercado. A redução da liquidez no mercado interbancário dificulta o acesso dos bancos a fundos de curto prazo.

"Os bancos reagiram a esta decisão do BCE como numa liquidação de um supermercado" e "ficaram com tudo [dinheiro] o que podiam", disse um operador à Bloomberg.

Depois do BCE, outros bancos centrais injectaram dinheiro no mercado. A Reserva Federal norte-americana e o Banco do Canadá não implementaram nenhuma medida de emergência mas disponibilizaram um montante anormalmente elevado para as operações de mercado aberto (24 mil milhões de dólares e 1,55 mil milhões de dólares, respectivamente).

O Banco do Japão (BoJ) adicionou um bilião de ienes (6,19 mil milhões de euros) ao sistema financeiro do país e o Banco da Austrália colocou à disposição dos bancos o valor mais elevado dos últimos três anos.

A queda percentual e em valor das cotadas do PSI-20 em dois dias:

Variação (%)

Valor (€)

BCP

-4,68%

- 650.039.400

PT

-5,11%

- 587.005.120

BES

-4,79%

- 400.000.000

EDP

-2,39%

- 365.653.800

Cimpor

-4,86%

- 241.920.000

Sonae SGPS

-3,81%

- 160.000.000

Portucel

-5,98%

- 138.150.000

Semapa

-8,32%

- 123.065.696

J. Martins

-3,97%

- 113.272.740

BPI

-2,11%

- 106.400.000

S. Indústria

-6,07%

- 89.600.000

M. Engil

-5,30%

- 71.622.495

Altri

-7,81%

- 53.334.216

Sonaecom

-2,82%

- 47.612.097

"Os fortes fundamentais que sustentam o crescimento económico permanecem", considera o Fundo Monetário Internacional, sublinhando que a intervenção dos bancos centrais só serve para assegurar que isso vai acontecer.

Depois de ontem ter injectado 94,8 mil milhões de euros para contrariar a escassez de liquidez no mercado, o BCE voltou hoje a emprestar mais 61,05 mil milhões de euros. Os bancos centrais do Japão e da Austrália também já fizeram intervenções no mercado.

A intervenção da Fed surgiu depois das taxas de juro deferal funds terem iniciado o dia nos 6%, o valor mais elevado em seis anos. Depois da Fed ter comprado 19 mil milhões de dólares de activos hipotecários, estes juros desceram para 5,375%.

Os mercados mundiais assustaram-se com estas intervenções, mas o FMI, respondendo a jornalistas, mantém-se optimista.

"Olhando para a frente, e apesar da situação de crise ainda ser actual, continuamos a acreditar que as consequências das mesmas vão ser contornáveis. Os fortes fundamentais que sustentam o crescimento económico permanecem e o que está a acontecer é um desenvolvimento saudável", sublinha o porta-voz do FMI, Masood Ahmed em comunicado.

O mesmo responsável acrescenta que "as recentes acções dos bancos centrais deverão assegurar que o processo de ajustamento ocorra de maneira ordenada".

A mesma fonte explica ainda que o FMI tinha alertado para vulnerabilidades que iriam afectar os mercados na sua Global Financial Stability Reports e World Económica Outlooks, devido exactamente à crise no mercado hipotecário norte-americano. Mas, o FMI "está a monitorizar de perto esses desenvolvimentos", tendo em conta as suas responsabilidades no sistema monetário internacional.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

UBS recomenda “vender”

Resultados da Galp “positivos” mas acções “continuam caras”

Analistas do BPI, CaixaBI, Espírito Santo Research e UBS consideram que a Galp Energia apresentou ontem resultados positivos, mas as avaliações ficaram inalteradas para já. O banco de investimento suíço continua a recomendar “vender” as acções, por considerar que estas estão “caras”.


Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


Analistas do BPI, CaixaBI, Espírito Santo Research e UBS consideram que a Galp Energia apresentou ontem resultados positivos, mas as avaliações ficaram inalteradas para já. O banco de investimento suíço continua a recomendar “vender” as acções, por considerar que estas estão “caras”.

Os lucros da Galp Energia [Cot] cresceram 71% para os 285 milhões de euros no primeiro semestre, bem acima dos 257,7 milhões de euros esperados pelos analistas.

A UBS refere que os lucros do segundo trimestre (166 milhões de euros) ficaram em linha com as suas previsões (165 milhões de euros), mas 20% acima do consenso do mercado. o EBITDA ajustado aumentou 29%, ficando abaixo das previsões.

A casa de investimento suíço fez pequenos ajustamentos às suas previsões de resultados para a Galp, subindo a estimativa de lucros deste ano em 2% e baixando as previsões para 2008-2010 em 1%.

A UBS continua a recomendar vender as acções da Galp Energia, avançando com preço-alvo de 8,75 euros. Afirma que avaliação da empresa na bolsa continua "cara".

Destaca que a Galp está presente em várias áreas de negócio, mas "há melhores opções em cada um do sectores" e que a galp "não merece qualquer prémio de fusões e aquisições, pois este não é justificado".

Acções da Galp em seis meses

BPI vai rever previsões e ESR destaca margens de refinação

Os analistas do BPI e da Espírito Santo Research consideram que os resultados foram positivos, destacando o contributo da unidade de exploração & produção (E&P) de petróleo.

No segundo trimestre os lucros ajustados cresceram 120% para 166 milhões de euros, 26% acima do esperado pela ESR, devido "ao valor inferior ao esperado nas amortizações".

Os resultados da Galp "mostraram mais uma vez um forte crescimento da unidade de E&P, desta vez em conjunto com uma forte recuperação nas margens de refinação", refere a ESR; que recomenda "comprar" acções da Galp, com um preço-alvo de 8 euros..

Fundos de investimento portugueses ignoram REN

As carteiras dos fundos de investimento mobiliários (FIM) portugueses têm uma exposição diminuta à Redes Energéticas Nacionais (REN) e são várias as sociedades gestoras que não têm qualquer acção da mais recente cotada da bolsa nacional.

As carteiras dos fundos de investimento mobiliários (FIM) portugueses têm uma exposição diminuta à Redes Energéticas Nacionais (REN) e são várias as sociedades gestoras que não têm qualquer acção da mais recente cotada da bolsa nacional.

Segundo uma pesquisa efectuada pelo Jornal de Negócios junto da carteira dos 282 fundos FIM portugueses, 17 têm acções da empresa liderada por José Penedos, controlando um total de 2,62 milhões de acções, o que representa apenas 0,5% do capital da companhia. O mesmo levantamento efectuado para a Martifer, poucos dias depois da OPV da empresa, indicava que 40 fundos eram accionistas da empresa, controlando em Junho 4% do capital.


Analistas

Redução da posição do Credit Suisse “aumenta ângulo especulativo” da Cimpor

O Credit Suisse comunicou ontem a venda de uma posição relevante no capital da Cimpor. A dúvida dos analistas é se a cimenteira ficou com mais “free float”, ou se a venda foi feita a algum institucional, nomeadamente à Lafarge. As opiniões são unânimes: esta venda “aumenta o ângulo especulativo” da Cimpor.

09 Agosto 2007